quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A humanidade ainda pode fazer algo bom?

Você já parou para se perguntar se, realmente, é possível fazermos algo puramente bom?
Inicio com esta pergunta porque precisamos pensar o que consideramos bom e ruim, ou ainda, o que compreendemos por pecado. Em um mundo sem referências sobre padrões éticos (e também estéticos, no campo daquilo que é reflexo da ética na sociedade) não existe mais a concepção sobre o que é certo e errado, ou ainda sem uma referência que permita diferenciar o caminho a ser trilhado.
Neste nosso mundo atual, a perda de valores faz com que seja possível crer que podemos simplesmente fazer o "bem" por nós mesmos. Mas esta crença é vazia e faz de nós seres alienados diante da nossa realidade. Nós vivemos em um mundo que sofre pelas consequências da queda. Em outras palavras, tudo o que somos e fazemos é influenciado pela nossa essência de pecado. Aliás, até o que é pecado, atualmente, é reflexo desta perda de valores. O medo da Idade Média era ir para o inferno, por isto as indulgências foram um grande ato de marketing que arrecadou muito dinheiro para a igreja romana. Este mesmo medo está presente nos discursos do que é ou não pecado. Sem a perspectiva da fé o pecado é algo imposto pelos outros às nossas ações. Isto não é fato! E é reflexo desta falta de valores na sociedade.
Quando compreendemos que a Bíblia é e contém a Palavra de Deus ela passa a ser norma de fé. Sendo assim, nós, os cristãos, temos neste livro o critério para exercer a nossa fé diariamente. Mas este mesmo livro mostra que em um ponto todos os seres humanos estão em igualdade: somos pecadores e precisamos da misericórdia de Deus. Somos todos influenciados pela queda de Adão e Eva. Sem este critério aí toda a lista do que é ou não pecado parece algo imposto, e não inato.
Se aqueles que defendem o Evangelho e sua mensagem transmitissem este recado ao mundo, tenho absoluta certeza que muitos dos embates atuais seriam encerrados na primeira frase.
Não creio que eu adquiro o pecado ao longo da vida, mas sim que já nasci com ele e que isto traz consequências para a minha existência, para toda a sociedade e também para toda a cultura onde estou inserido.
Se olho o pecado como uma representação do mal imposto então não compreendi, verdadeiramente, qual é a essência de todo o ser humano. Olhando como algo imposto qualquer comparação do que é ou não pecado é realmente um comparação  de crimes hediondos com aquilo que aparenta não ser crime. E nossa visão do que é crime também foi afetada pela queda.
Tudo o que fazemos, ainda que pareça ser bom, é influenciado pela nossa essência. Por outro lado, a fé revelada a partir da Bíblia mostra que é possível buscar uma vida diferente, não a partir de nós mesmos, mas a partir da transformação que Deus faz em nosso ser. Não deixamos de ser pecadores, mas por graça Deus enviou seu Filho para que o preço do pecado pudesse ser pago e para que isto trouxesse uma nova influência para a sociedade.
Na minha opinião, se Deus não tivesse enviado Jesus Cristo para nos salvar sequer teríamos a possibilidade de pensar que podemos fazer algo bom, ainda que ninguém acredite nisto.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Sem escrúpulos!

Quando imaginamos que não há limites para a maldade e a corrupção humana somos surpreendidos por notícias cada vez mais assustadoras. 
Esta semana o assunto no YouTube é pedofilia, citando inclusive um vídeo onde uma pessoa ensina como "tirar a virgindade" da própria filha. Não consegui sequer abrir o vídeo e assistir tamanha estapafúrdia. Somos a cada dia mais bombardeados com estas e outras atrocidades. 
A internet sempre foi algo que precisa ser utilizado com 'filtros', separando aquilo que é bom para ser visualizado daquilo que mostra o lado mais obscuro da humanidade. Porém o lado obscuro da internet está mais em alta e os efeitos disto são avassaladores. Já é muito mais fácil expor os vícios, os escárnios, a carnificina humana e a total falta de escrúpulos.
A humanidade, pelo menos na internet, está destruída! E minha maior preocupação diante deste fato é a enorme presença de crianças e adolescentes que são bombardeados com estas informações. Isto não lhes abrirá o conhecimento, ou suas mentes, pelo contrário, será para eles uma grande forma de destruir qualquer distinção entre o que é saudável e o que não é. Esta nova geração sofrerá as consequências de uma vida adulta sem discernimento e afetará toda a educação, a política e a própria forma de viver.
Quando um pai (se é possível chamá-lo assim) ensina este tipo de atrocidade é, realmente, o mais degradante que se pode esperar de uma sociedade. Esta pessoa não é a única que emite tais posturas. Por não estar sozinho é ainda mais preocupante. Existem redes, não mais escondidas, que este tipo de postura é difundida para qualquer um que acessa a internet.
Além da preocupação quanto a esta influência macabra também existe uma enorme preocupação com as vítimas desta e de outras atrocidades. O que será das pessoas que sofrem estes abusos? Não é a toa que psicólogos estão em uma época de muita atuação. Quem sofre abusos precisa reaprender a viver e a superar os traumas causados pelo agressor, além de buscar uma resignificação para a humanidade.
Diante de tanta decadência ainda precisamos refletir cuidadosamente sobre o que lemos e assistimos. Se os adultos precisam refletir cuidadosamente sobre o que assistem, ainda mais as novas gerações precisam ser cuidadas e monitoradas para não sofrer ainda mais danos por esta falta de limites. 
Não tenha vergonha de pedir ajuda. Sinta vergonha por não discernir os conteúdos que você e sua família assistem.
E se, por acaso, lhe aparecer algum material explícito e que deturpa ainda mais a humanidade: denuncie! Não podemos nos calar e deixar que estes péssimos exemplos continuem seus abusos físicos, morais e intelectuais!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Coligações

Diante de tanta coisa acontecendo em nosso momento político atual o que mais me impressiona é a quantidade de "novas" coligações prometendo um novo jeito de fazer política. De novo não há nada! Até a disputa 'coxinhas' versus 'pão com mortadela' resultou em coxinhas recheadas de mortadela. Nas coligações vale tudo em prol de cargos e promessas de campanha. É capaz de ainda sair alguma foto de velhos rivais abraçados como se fossem, desde outrora, velhos aliados políticos.
Isto me faz ter saudade da época em que estudávamos as ligações de carbono no ensino médio. Tudo era simples, objetivo e funcional. O resultado era baseado na regra do octeto e não poderia ser modificado naturalmente.
Se bem que ao analisar o nosso passado me peguei também lembrando das gincanas, onde fazíamos as 'coligações' para que, no caso de vitória, todos ganhassem a sua parte. Acho que temos sido criados com essa mentalidade há tanto tempo que se nunca refletirmos vamos, sempre e novamente, repetir os mesmos erros que tanto criticamos.
Porque ainda é tão difícil quebrar certos vícios históricos e culturais que só aumentam a decadência humana?
Teologicamente sabemos esta resposta: a queda. Mas por ainda pensarmos que estamos imunes aos erros do passado cremos que somos como pequenos deuses, dotados de poder para mudar os outros e não nós mesmos.
De fato, somos permeados pelas consequências históricas e esta reação em cadeia não pode ser quebrada sem que aconteça uma transformação externa.
Para que nosso país aprenda uma nova política é preciso que cada brasileiro aprenda a compreender as consequências históricas e que a mudança deve acontecer primeiro nos indivíduos para então tomar grandes proporções no coletivo. Assim que mudanças culturais aconteceram e ainda acontecem, mesmo que as ignoremos.
Eu compreendo, em parte, o significado das consequências que a queda gerou em toda a humanidade. Ainda assim, também conheço a oportunidade de esperança que pode, realmente, transformar estes ciclos viciosos na vida humana. À esta esperança a humanidade presenteou com uma cruz...

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ponto de vista: evangélicos

Ao observar o "mundo" evangélico atual me pergunto se, realmente, eles sabem o que significa Evangelho em meio à tantas opções dentro do 'mercado religioso'.

Infelizmente ser evangélico é mais uma postura político-partidária, a fim de ganhar mais votos, do que ser um agente transformador diante de toda uma situação caótica. Não quero aqui generalizar, até porque existem pessoas que fazem a diferença independente de nível teológico, mas essa onda 'evangeliquês' tem servido de escárnio e de piada para a mídia em geral. Aqueles que deveriam tomar uma postura diferenciada acabaram se esquecendo do alerta do apóstolo Paulo ao dizer aos romanos que não se amoldem aos padrões deste mundo. Ser evangélico, na atualidade, é representar interesses financeiros diante de uma falsa prosperidade. É buscar o próprio benefício em detrimento dos outros seres humanos, e de toda a criação, que estão nas proximidades.
Infelizmente esta observação não é animadora.
Aquele que segue o Evangelho de Jesus Cristo não deveria ser engolido por esquemas de corrupção e que envergonha às Escrituras Sagradas.
Não utilizo mais o termo evangélico ao definir pessoas que vivem conforme a Palavra de Deus, revelada na Bíblia.
A cristandade precisa voltar-se a Deus e deixar que Ele continue revelando sua vontade.
Enquanto não caminhamos nesta direção seremos apenas pessoas vistas como ignorantes, de pouco conhecimento científico e que vivem presos à gaiolas doutrinárias.
Que diminua-se o mundo 'evangélico' e que cresça a vontade de Deus, soberana, para nosso tempo, cultura e nação.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Opinião: Deus não está morto 2

Ontem assisti ao filme "Deus não está morto 2" e confesso que fiquei muito surpreso, positivamente falando, a respeito do enredo desta obra cinematográfica. Confesso que esperava algo mais simples e o que vi foi uma profunda valorização da fé racional, desmistificando a ideia de que cristãos seguem a Jesus Cristo apenas por sentimentalismo ou emoções. Até pensei que a defesa da professora seria baseada na declaração de independência dos EUA, como um proselitismo americano, antes me vi surpreendido pelo uso de fontes e argumentos extrabíblicos e de como este debate é de extrema relevância para nossa sociedade.
A continuidade em relação ao primeiro filme está na perseguição à fé cristã, porém o âmbito da discussão vai para toda a sociedade. Afinal, Igreja e Estado podem ser separados? Esta é uma das questões centrais da discussão. No primeiro o debate é existencialista, onde um aluno defende sua fé diante de um professor ateu dentro da sala de aula. É um roteiro 'gospel' comum, com a experiência de conversão marcando todo o filme e o diálogo existencialista dos personagens cheio de drama e questionamentos sobre Deus e sua vontade (ou permissividade).
Já neste segundo filme, embora ainda exista uma tônica existencialista, o enredo chama para além da experiência da conversão e do despertar da fé e traz a importância da apologética. Defender a fé cristã em um contexto onde Cristo é odiado. Onde pode-se falar dos ensinamentos dEle na vida de pessoas históricas, mas onde é proibido citá-lo como referência, tampouco as Escrituras Sagradas. Além disto vai o questionamento de até onde é possível ao Estado interferir na fé e até onde o mesma está tomado por padrões cristãos de ética e de justiça.
A defesa da fé cristã é apresentada, ao meu ver, não mais como simples fruto de emoção. Há uma clara defesa intelectual, reafirmando que não é só possível crer em Cristo como também provar que Ele existe.
Vi um grande amadurecimento teológico em relação ao primeiro filme. A temática é digna de ser levada aos nossos círculos sociais e também ao púlpito. Nos dias em que vivemos, onde somos sutilmente perseguidos, nos deixamos levar por emoção ou mesmo por padrões anticristãos e nossa fé é anestesiada, tornamo-nos verdadeiros ateístas práticos.
A personagem principal, Grace, é levada à viver, provar e sustentar sua fé com profunda convicção, algo que precisamos retomar com veemência e, ao final, recebe a sentença a seu favor. Neste ponto, o final já não é surpreendente. Todos gostam de assistir a um final feliz, certo? Até aí tudo bem. Porém este não é o final do filme. Ainda há uma cena que, em meu ponto de vista, é para todos os que defendem publicamente sua fé no Deus vivo e que reflete a realidade da igreja perseguida ao redor do nosso mundo.
Quando paramos de defender nossa fé mostramos ao mundo que a afirmação de Nietzche está correta. Ou melhor, quando deixamos de viver a fé que Deus nos dá, de fato, permitimos que o mundo nos diga em que crer e perdemos a oportunidade de viver como testemunhas do amor de Deus ao mundo em nosso contexto.

Não vou atribuir nota, mas recomendo que você assista a este filme e que, se possível, oportunize o debate a respeito em pequenos grupos. E desejo que, a cada dia mais, possamos reafirmar: "Deus não está morto, certamente está vivo!".

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Exemplar

Tenho uma percepção de que somos movidos por exemplos e que queremos fazer tudo para seguir estes exemplos. O problema é que muitos exemplos não são exemplares. Como assim? São pessoas que tem seguidores e que tem uma postura lastimável.
E pelo fato de pensarmos apenas em nossos próprios interesses seguimos estas pessoas como se elas possuíssem a chave do paraíso.
Além disto, estes exemplares querem parecer algo novo, diferente, porém são totalmente igualitários em suas ações. Repetem os mesmos erros e padrões destrutivos e seus seguidores repetem seus pensamentos e ações.
Se olharmos para nossa vida de fé também buscamos exemplares para ouvir, mas deveríamos seguir o único que é, a cada dia, novamente misericordioso e verdadeiramente exemplar, em ética, amor e moral.
Enquanto seguirmos velhos exemplos que repetem ciclicamente os mesmos erros jamais seremos acometidos pela transformação de vida e as consequências éticas desta mudança real.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A culpa é minha... e faço dela o que quiser!

De quem é a culpa de tantas coisas acontecendo por este mundo?
Sempre tem que ter um culpado, pelo menos é o que muita gente pensa. Quem é o culpado se não o próprio ser humano por tanta desgraça, fome e miséria?
Sim, somos todos culpados. Somos seres dotados de inteligência, mas sem a capacidade de discernir adequadamente os fatos em nosso contexto diário.
De quem foi a culpa do 7x1? Dos jogadores, comissão técnica ou mesmo da cúpula da CBF? Não! Todos os brasileiros, que estão acomodados confortavelmente em suas pseudo-poltronas com o controle da TV em suas mãos, assistindo o mundo daquela janela mágica que mostra quase tudo o que precisamos saber.
É muito fácil acusarmos, condenar sentenças ferrenhas aos montes, enquanto nós mesmos deveríamos estar no banco dos réus. Ah sim, o banco dos acusados, local de medo, de isolamento da sociedade, de assumir os erros e sua culpa (mea culpa, mea maxima culpa) e sair dali direto para cumprir a sentença determinada um magistrado ou um júri popular.
Que situação tenebrosa passaremos quando este dia chegar! 
Permita-me pensar um pouco a respeito: sim, é fato de que todos temos parcela de culpa desde nossa concepção. Também é fato de que não sabemos lidar com esta culpa e, tampouco, com as consequências existentes em nossa rotina diária. O que costumamos fazer é fugir da responsabilidade, da capacidade de aceitar os próprios erros e acabar escolhendo um bode expiatório qualquer que possa ser punido exemplarmente pelos nossos próprios atos.
Quanta crueldade! Sim, tudo o que vemos em nossa sociedade pós-moderna é reflexo da situação do ser humano.
Onde está a esperança? Onde é possível encontrar um pouco de paz diante de tamanho caos? Para mim, de maneira bem clara, só existe um lugar possível: no amor de Deus por nós, na cruz de Cristo, local onde todo o preço da condenação foi colocado. 
Quer colocar a culpa em alguém?! Coloque em quem realmente pode suportar tamanho fardo! Quer parar de fugir do medo e da angústia? Coloque-se em situação de arrependimento e de confissão. O justo juiz é misericordioso e concede perdão ao coração arrependido.
Há esperança para mim! Há esperança para ti!
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:1

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Aceito sugestões

Quando somos convidados para ir em algum lugar e temos a possibilidade de fornecer sugestões para melhoria do atendimento, do ambiente, ou até mesmo do serviço fornecido, o que fazemos? Honestamente, prefiro dar sugestões quando já conheço as pessoas ou quando sou solicitado a fazê-lo. É difícil pensar que todos tem sugestões para dar e, ao mesmo tempo, tão pouca coisa é significativamente aperfeiçoada em nosso meio.
Créditos: http://horamais.net/site_2012/wp-content/uploads/2014/03/cats-640x457.jpg

Todos tem opiniões para melhorar o ambiente político de nosso país, mas, na prática, nada ou quase nada muda em relação ao nosso pensamento.
Já parou para pensar que o governo não deixa folhetos nos estabelecimentos solicitando nossa opinião sobre o atendimento, tal qual os ambientes citados acima? Seria interessante poder opinar diretamente nestes locais, mas não nos é dada esta opção. 
Ou ainda, seria muito bom que, além de páginas e perfis nas redes sociais, os candidatos que já atuam em cargos há algum tempo pudesse fornecer os "papéis" para receberem as sugestões de mudanças significativas.
Não quer dizer que tudo se resume a ouvir sugestões, mas o fato de se colocar à disposição para perceber o que pode ser melhorado é, na minha opinião, um grande ato de aperfeiçoamento, de aprendizado. Quando há mais pessoas observando, ainda que com opiniões diferentes, há um tendência de que falhas sejam corrigidas e que um aperfeiçoamento possa acontecer.
Logicamente, para que as sugestões causem efeito é preciso acolhê-las e refletir com olhar crítico diante do alvo destas. Para isto é preciso estar disposto.
Diante disto veio um questionamento à mente: será que vale a pena estar disposto a mudar? Ou ainda: o que vale a penar mudar e deixar ser mudado, ou transformado?
Na nossa vida não temos o hábito de espalhar caixinhas para receber sugestões e trocar ideias, ainda que o façamos a cada instante ao conversarmos com alguém. Mas quando somos levados a repensar nossas atitude meio que criamos barreiras, impedimentos para o nosso próprio crescimento físico e emocional.
Penso que temos muitas coisas que precisamos mudar, sejam hábitos alimentares, esportivos, ou até mesmo emocionais (sim, todos precisamos de um pouco de terapia). Mas também tem coisas que precisamos proteger, e estas são as que carecem de mais atenção da nossa parte.
Todos temos algo que nos define como indivíduo, ainda que mudanças aconteçam ao longo da vida. E esta individualidade também precisa ser protegida. Nós nos adaptamos à nossa realidade, mas não podemos perder aquilo que nos faz ser únicos e especiais. Podemos sim receber sugestões, mas nossa individualidade, em minha opinião, só deve ser totalmente alterada em casos muito específicos, e nesta área psicólogos estão disponíveis para auxiliar.
Aceitar sugestões é sábio e sadio. Elas nos ajudam a crescer e a amadurecer. Mas lembre-se: você não é um restaurante self-service, onde as pessoas vem e vão e sequer lembram da sua existência depois. Você é alguém especial, alguém cujo Deus amou de maneira intensa e real. E ainda ama! 


domingo, 21 de agosto de 2016

Herois do Ouro

Ontem a seleção brasileira de futebol realizou um grande feito histórico: Conquistaram o tão sonhado ouro olímpico. Para a mídia, Neymar e os meninos marcaram seus nomes nos livros. É interessante como tudo isto é tratado e como outros esportes e medalhistas são colocados diante desta situação.
Créditos: veja.abril.com.br
Nós, enquanto seres humanos, temos a necessidade de escolher "ídolos" para seguir e para colocar nossos sonhos e expectativas sobre eles. E tem momentos que a escolha destes "ídolos" é tão boba que sequer pensamos se de fato eles merecem tal título. Não penso que Neymar não seja um jogador diferenciado, não é este o ponto, mas ele não joga sozinho. O futebol é um esporte coletivo e, talvez por esta razão, muitos brasileiros se empolgam tanto com este esporte.
Além deste ouro, tão sonhado pela nação futebolística brasileira, o país conquistou muitas outras medalhas com atletas que não receberam sequer 10% da atenção despendida ao futebol masculino (ressalto aqui o masculino porque a seleção feminina de futebol mostrou um grande futebol e não foi tão comentada como deveria). Colocamos nossos sonhos olímpicos apenas no futebol e várias modalidades passaram desapercebidas.
Em nossas vidas acabamos tomando algumas atitudes semelhantes: decidimos apenas torcer por uma única medalha e ficamos assistindo a vida passar diante dos nossos olhos, sem nenhuma reflexão e sem nenhum entusiasmo por tantos momentos de ouro que desperdiçamos.
Pude, no último dia dos pais, experimentar um desses "momentos de ouro": fui com minha família fazer um piquenique. E como foi bom, principalmente para nosso filho, que aproveitou cada momento em contato com a natureza e conosco. Tenho certeza que isto é algo valioso demais para deixar escapar.
Torcemos tanto pela seleção brasileira de futebol que esquecemos de todo o resto, não só das outras modalidades esportivas, mas de tudo mesmo. 
Em ano de eleição não votamos nos candidatos que mais se empenharam em buscar o 'ouro' para suas funções, mas naqueles que trazem apenas os louros sem sequer demonstrar um interesse verdadeiro no bem do povo e da nação.
Já passou da hora de olharmos com mais atenção para as outras medalhas que estão disponíveis e de tantos momentos de ouro que deixamos passar. Quem sabe se, a partir de agora, tomarmos atitudes de ouro poderemos ser chamados de herois pelas próximas gerações.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Um pouco de tudo ou um monte de nada?

Não há, em toda a existência humana, um único momento onde a completa falta de questionamentos pairou sobre a humanidade. É absolutamente natural pensar e questionar-se a respeito de muitas coisas em âmbitos diferentes. Pensamos nos erros que cometemos no passado a fim de não repeti-los no futuro. Planejamos o futuro para pelo menos tentar não ser pegos desprevenidos. E até quanto ao presente pensamos e questionamos o porquê das coisas acontecerem do jeito que estão acontecendo.
Penso que problema é quando deixamos de pensar e passamos a viver no modo "piloto automático". Repetimos tantas coisas que já nem refletimos mais naquilo que estamos fazendo. É como se, em um certo momento, nossa mente fora reprogramada como em filmes de ficção científica. Neste ponto qualquer reflexão é praticamente um milagre.
Gosto de refletir e me perguntar sobre muitas coisas, sobre padrões impostos, sobre a realidade, sobre nossa humanidade. E sempre que me pego pensando me pergunto sobre a necessidade que, em alguns momentos, nos é imposta a fim de repetirmos os comandos dados no passado.
Não existe uma política neutra. Ninguém é completamente imune à escolha unilateral dos fatos. Não existe, em minha opinião, um ponto completamente isento de prerrogativas para escolhas. O que existe, principalmente em nosso contexto brasileiro, é a 'disputa' política multifacetada que não pensa mais em suas atitudes e seus posicionamentos. Há apenas ordens dos altos comandos para que sigam os posicionamentos do partido, mesmo que todo o país esteja em sofrimento por tais decisões.
Nesta semana deu-se início ao pleito eleitoral nos municípios e, novamente, vemos vários candidatos se comportando sem refletir as consequências. Aliás, se tem uma coisa que não podemos esquecer é que sempre existem consequências. O povo é levado a pensar que pode escolher um candidato que represente seus ideais, mas quem escolhe é o partido.
Realmente temos um pouco de tudo: várias opções de 'escolha' política. Todas prometem um futuro melhor para o país, embora repitam os mesmos erros do passado, achando que no presente trarão um futuro melhor. Mas ainda temos um monte de nada: são passos que não seguem adiante, apenas retornam para si mesmos em torno de ideais vazios e egocêntricos.
Será que somos meros androides programados para viver repetindo os mesmos erros e conformados com nossa situação?

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Ponto de vista: relacionamentos

Há algum tempo iniciei um estudo sobre gerações a fim de conhecer cada uma e como ser relevante, especificamente, entre a geração "Z" (dos nascidos depois da década de 90, os quais já possuem a tecnologia na palma de suas mãos). Tal estudo deu-me a possibilidade de identificar certos padrões existentes em nossa sociedade atual e também pude observar como estes padrões se aplicam entre gerações diferentes.
Para alguém que nasceu por meados da década de 50 ou 60 é uma profunda falta de respeito quando alguém mais jovem se dirige a um professor diretamente pelo nome, ainda mais se sequer erguer a mão e aguardar sua oportunidade para questionar. E quanta mais vamos seguindo na linha do tempo rumo ao passado mais vemos esta postura de respeito hierárquico. Não é incomum encontrar nesta forma de compreensão de respeito uma certa quantidade de medo, ou temor. Em alguns casos é até difícil distinguir o papel de cada um dentro de um relacionamento.
Para aqueles que nasceram depois da década de 80 (Geração "Y") e ainda mais os que nasceram na virada do milênio é bem incomum esta noção de respeito hierárquico, exceto aqueles que foram criados em círculos militares ou de educação extremamente rígida. Note que não afirmo que tais posturas são incorretas, antes quero conversar a respeito da diferença e da necessidade de relacionamentos que todos os seres humanos possuem.
Ainda que seja através de um modelo hierárquicos os mais velhos possuíam relacionamentos. Assim como os mais jovens, e mais conectados de hoje, não conseguem compreender uma distância dentro da realidade de comunicação existente onde é possível conversar (ou pelo menos enviar mensagens) para qualquer líder de governo, músico ou pessoa influente. A internet abriu as portas para os relacionamentos diretos além do círculo social já existente. As barreiras sumiram.
Se penso neste conflito geracional na questão da fé e da espiritualidade imagino o porquê, também, de tantas dificuldades nas igrejas cristãs. Os mais jovens possuem uma profunda necessidade de contato direto com Deus, enquanto os mais velhos possuem um tremendo temor o qual os faz sequer olhar para cima enquanto dirigem suas orações. 
Creio que Jesus é relacional, mas que atinge todas as gerações. Aliás, a Bíblia é o único livro que influencia todas as gerações e que mostra que Deus atravessa eras e chega ao ser humano com sua misericordiosa graça.
Há espaço, em nossa forma de nos relacionarmos, para buscar a Deus? Ou ainda para viver uma vida de fé sadia? Ou usamos nossos relacionamentos como desculpas, impedimentos, para nos afastar ainda mais da presença de Deus?
Todas as gerações, em minha opinião, possuem falhas de relacionamentos com Deus. O incrível é o quanto uma quer dominar a outra a fim de provar sua supremacia religiosa.
Enquanto pensamos assim, perdemos a oportunidade de fazer a diferença em nossa própria geração e também de ser cristãos autênticos, que importam-se em conhecer a Deus e ter um relacionamento com Ele no tempo presente, seja em qual geração for.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Temos que pegar!

Créditos: pokemongo.com
"Esse meu jeito de viver ninguém nunca viu igual. A minha vida é fazer o bem vencer o mal"
Quando, em nossa infância, ouvíamos esta música procurávamos largar tudo e ir para a televisão assistir a esse desenho. E fazíamos isto com inocência, imaginando apenas se seria possível tornar-se um treinador de pokemons de verdade.
A Niantic fez um excelente jogo e trouxe este sentimento à tona para muitas pessoas, que hoje podem "caçar" esses pequenos seres digitais por aí. O que isto significa? Os demônios espalharam-se por todos os lados, é isso mesmo?
Sinceramente dar crédito ao diabo por todas as coisas que não conseguimos explicar ou compreender é complicado. ele (sim, com "e" minúsculo) não é onipresente. Este atributo pertence somente a Deus. Não posso afirmar se a Niantic possui funcionários satanistas, cristãos, ateístas ou de qualquer ordem religiosa. Apenas posso falar daqueles que conheço.
Confesso que gostaria de baixar e jogar o jogo, pelo menos por alguns instantes, porém meu smartphone não possui os requisitos mínimos para rodar o app. O que faço agora? Nada! Continuo minha vida, mas aproveito para conversar com crianças que estão caçando seus pokemon e puxar papo com elas. Afinal, é bem possível que eu ainda lembre os nomes e as características de muitos pokemons dos quais eu decorei na minha infância.
Pra mim, este jogo está trazendo uma grande oportunidade para "puxar papo" com os mais novos que eu, os quais não assistiram ao desenho, mas que estão interessados em divertir-se e, pasmem, caminhar um pouco mais para poder chocar os ovos que ganharam.
Penso que se vivêssemos nossa fé genuinamente, não precisaríamos nos preocupar em dar a posse de um jogo ou aplicativo ao diabo. Creio que este é um grande problema de nossos dias. Não somos mais capazes de viver uma fé autêntica e viva, por isto temos que procurar defeitos, ou mesmo demonizar, tudo aquilo que achamos que é ameaça à fé da qual não praticamos.
Não quero generalizar, até porque conheço cristãos autênticos que vivem uma vida de fé íntegra e real, sem fingimentos. Porém quero deixar um alerta: cuidado com aquilo que você deseja pegar. Até porque onde você coloca o teu coração será para ti como um deus.
Prefiro "pegar" minha fé, buscar a Deus e deixar que ele me "pegue" como seu filho e viver isto diariamente, que sair "pegando" argumentos que afastam mais pessoas da fonte única de amor genuíno: Jesus!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Teoria da conspiração religiosa

Pelo menos uma vez por ano eu lembro que tenho um blog e que é bom escrever. Talvez porque eu deixe para escrever somente em alguns momentos onde o Brainstorm é inevitável.

Pensando sobre a situação que tenho visto em nosso país penso se não está se formando uma teoria da conspiração religiosa e por religiosa aqui não me refiro necessariamente à uma igreja.
Ver que até na política é preciso ter uma religião me mostra o quanto nós estamos afundados em conspirações e em profunda falta do fé. Se você votou na Dilma você está de um lado, se votou no PSDB é um coxinha que não aceita as minorias, mas a conspiração reside que na verdade o que se vê é que todos estão no mesmo lado: a defesa de seus próprios interesses. Comparo à religiosidade porque cresci vendo religiões se debatendo para ver quem "ganhava" mais "almas". Hoje é quem ganha mais adeptos para defender seu pequeno manifesto partidarista, o qual só quer beneficiar aos seus interesses em detrimento dos outros seres humanos. Não se luta por um ideal comum, tal qual o "american way of life", nem se espera mais por um superman ou um capitão américa que salvarão o dia.
A fantasia é achar que a política defende, realmente, o todo de uma população. E a conspiração é achar que há uma grande massa de manobra por detrás de todos estes acontecimentos e que vai determinar os futuros acontecimentos de uma nação inteira.
Quanto mais juntamos pontos de vista e fatos sobre a nossa realidade, maior é a chance de acabarmos descobrindo uma teoria da conspiração, da qual você não faz parte. É como se o mundo inteiro estivesse girando, mas você está apenas olhando em perspectiva porque não foi selecionado para fazer parte desta manobra.
Na religiosidade humana há espaço para muitas teorias de conspiração também.
Mas, para ser bem sincero, no fim é isto tudo é só uma teoria...