Não há, em toda a existência humana, um único momento onde a completa falta de questionamentos pairou sobre a humanidade. É absolutamente natural pensar e questionar-se a respeito de muitas coisas em âmbitos diferentes. Pensamos nos erros que cometemos no passado a fim de não repeti-los no futuro. Planejamos o futuro para pelo menos tentar não ser pegos desprevenidos. E até quanto ao presente pensamos e questionamos o porquê das coisas acontecerem do jeito que estão acontecendo.
Penso que problema é quando deixamos de pensar e passamos a viver no modo "piloto automático". Repetimos tantas coisas que já nem refletimos mais naquilo que estamos fazendo. É como se, em um certo momento, nossa mente fora reprogramada como em filmes de ficção científica. Neste ponto qualquer reflexão é praticamente um milagre.
Gosto de refletir e me perguntar sobre muitas coisas, sobre padrões impostos, sobre a realidade, sobre nossa humanidade. E sempre que me pego pensando me pergunto sobre a necessidade que, em alguns momentos, nos é imposta a fim de repetirmos os comandos dados no passado.
Não existe uma política neutra. Ninguém é completamente imune à escolha unilateral dos fatos. Não existe, em minha opinião, um ponto completamente isento de prerrogativas para escolhas. O que existe, principalmente em nosso contexto brasileiro, é a 'disputa' política multifacetada que não pensa mais em suas atitudes e seus posicionamentos. Há apenas ordens dos altos comandos para que sigam os posicionamentos do partido, mesmo que todo o país esteja em sofrimento por tais decisões.
Nesta semana deu-se início ao pleito eleitoral nos municípios e, novamente, vemos vários candidatos se comportando sem refletir as consequências. Aliás, se tem uma coisa que não podemos esquecer é que sempre existem consequências. O povo é levado a pensar que pode escolher um candidato que represente seus ideais, mas quem escolhe é o partido.
Realmente temos um pouco de tudo: várias opções de 'escolha' política. Todas prometem um futuro melhor para o país, embora repitam os mesmos erros do passado, achando que no presente trarão um futuro melhor. Mas ainda temos um monte de nada: são passos que não seguem adiante, apenas retornam para si mesmos em torno de ideais vazios e egocêntricos.
Será que somos meros androides programados para viver repetindo os mesmos erros e conformados com nossa situação?
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