Quando somos convidados para ir em algum lugar e temos a possibilidade de fornecer sugestões para melhoria do atendimento, do ambiente, ou até mesmo do serviço fornecido, o que fazemos? Honestamente, prefiro dar sugestões quando já conheço as pessoas ou quando sou solicitado a fazê-lo. É difícil pensar que todos tem sugestões para dar e, ao mesmo tempo, tão pouca coisa é significativamente aperfeiçoada em nosso meio.
|
Créditos: http://horamais.net/site_2012/wp-content/uploads/2014/03/cats-640x457.jpg |
Todos tem opiniões para melhorar o ambiente político de nosso país, mas, na prática, nada ou quase nada muda em relação ao nosso pensamento.
Já parou para pensar que o governo não deixa folhetos nos estabelecimentos solicitando nossa opinião sobre o atendimento, tal qual os ambientes citados acima? Seria interessante poder opinar diretamente nestes locais, mas não nos é dada esta opção.
Ou ainda, seria muito bom que, além de páginas e perfis nas redes sociais, os candidatos que já atuam em cargos há algum tempo pudesse fornecer os "papéis" para receberem as sugestões de mudanças significativas.
Não quer dizer que tudo se resume a ouvir sugestões, mas o fato de se colocar à disposição para perceber o que pode ser melhorado é, na minha opinião, um grande ato de aperfeiçoamento, de aprendizado. Quando há mais pessoas observando, ainda que com opiniões diferentes, há um tendência de que falhas sejam corrigidas e que um aperfeiçoamento possa acontecer.
Logicamente, para que as sugestões causem efeito é preciso acolhê-las e refletir com olhar crítico diante do alvo destas. Para isto é preciso estar disposto.
Diante disto veio um questionamento à mente: será que vale a pena estar disposto a mudar? Ou ainda: o que vale a penar mudar e deixar ser mudado, ou transformado?
Na nossa vida não temos o hábito de espalhar caixinhas para receber sugestões e trocar ideias, ainda que o façamos a cada instante ao conversarmos com alguém. Mas quando somos levados a repensar nossas atitude meio que criamos barreiras, impedimentos para o nosso próprio crescimento físico e emocional.
Penso que temos muitas coisas que precisamos mudar, sejam hábitos alimentares, esportivos, ou até mesmo emocionais (sim, todos precisamos de um pouco de terapia). Mas também tem coisas que precisamos proteger, e estas são as que carecem de mais atenção da nossa parte.
Todos temos algo que nos define como indivíduo, ainda que mudanças aconteçam ao longo da vida. E esta individualidade também precisa ser protegida. Nós nos adaptamos à nossa realidade, mas não podemos perder aquilo que nos faz ser únicos e especiais. Podemos sim receber sugestões, mas nossa individualidade, em minha opinião, só deve ser totalmente alterada em casos muito específicos, e nesta área psicólogos estão disponíveis para auxiliar.
Aceitar sugestões é sábio e sadio. Elas nos ajudam a crescer e a amadurecer. Mas lembre-se: você não é um restaurante self-service, onde as pessoas vem e vão e sequer lembram da sua existência depois. Você é alguém especial, alguém cujo Deus amou de maneira intensa e real. E ainda ama!